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Criada há 19 anos, a “Turma do Contagito” é um grupo de personagens que fortalece a identidade local e representa importantes elementos culturais e históricos da cidade. Com uma abordagem divertida e didática, o grupo transmite informações educativas com uma linguagem acessível, voltada especialmente para as crianças.

A referência técnica e historiadora do Centro de Memória da Educação de Contagem, Carolina Dellamore, explicou a importância da atuação dos personagens como ferramenta de aprendizagem. “A turma agora está de volta e vai atuar diretamente nas escolas. Eles fortalecerão os trabalhos pedagógicos que envolvem a história da cidade, a educação patrimonial e o patrimônio cultural do município”, comentou.

Em 2005, foi realizada a escolha dos integrantes da turma. O concurso foi promovido nas escolas municipais, inclusive, com divulgação de edital. Os participantes inscreveram desenhos e nomes para os personagens. Foi feita uma pré-seleção por uma comissão julgadora e os cinco desenhos e nomes selecionados foram submetidos a júri popular. Foram espalhadas urnas em diversos pontos da cidade, durante uma semana. Por meio da votação, venceu o Contagito como a Mascote de Contagem. Os outros desenhos se transformaram então, na Turma do Contagito.

Conheça um pouco mais sobre a origem dos personagens desta turma lúdica e colorida:

Contagito
O personagem é a representação da origem do nome da cidade. A mascote faz referência ao ciclo do ouro realizado pelos portugueses em Ouro Preto. Na época, os tropeiros passavam por uma rota chamada de “região Abobras”, que hoje é a cidade de Contagem. O nome da rota se popularizou e a partir disso começou a ser chamada de Contagem das Abóboras.

Zé Gonçalo

Este personagem representa os agricultores que viviam e trabalhavam na criação de gado, porcos e galinhas, nas lavouras de café e cana-de-açúcar do antigo arraial. O trabalho pesado era feito pelos escravos trazidos da África. Contagem também já foi conhecida como "São Gonçalo da Contagem" por causa do Santo Padroeiro da primeira capela do Arraial: São Gonçalo do Amarante que foi escolhido por ser o protetor dos tropeiros. Sua imagem está no altar da atual matriz de São Gonçalo.

Faluca

A Faluca homenageia uma importante fruta para os contagenses, a jabuticaba. Esta fruta foi até pouco tempo marca registrada nos quintais da cidade. Os donos alugavam os quintais para visitantes de outras cidades. Ainda, hoje, restam alguns quintais com jabuticabeiras. No parque Gentil Diniz encontram-se pés de jabuticabas preservados para visitação.

Arturinho

Este personagem retrata a irmandade Nossa Senhora do Rosário de Contagem e da Comunidade dos Arturos. A comunidade, que fica próxima ao distrito Sede, é composta por descendentes de Artur Camilo Silvério. O Arturinho veste roupas coloridas para homenagear as festas típicas que acontecem nos meses de maio e abril. Nas ocasiões, a comunidade usa trajes e acessórios como a “gunga”, marca registrada do personagem.

Chami

A Chami, é uma chaminé que simboliza a Cidade Industrial, inaugurada em 1941, e que foi o primeiro parque industrial planejado da América Latina. As indústrias atraíram muitas pessoas em busca de trabalho e de novas oportunidades, na cidade. As chaminés, símbolos importantes da cidade, podem ser vistas em vários pontos da cidade industrial. As maiores são as da antiga fábrica de cimento Itaú, onde hoje há um grande complexo comercial.

Novos personagens: Caquito e Fifi

Caquito, o novo integrante da Turma do Contagito é um defensor da cultura e da história da cidade, ele homenageia a Casa dos Cacos e seu autor, o geólogo Carlos Luiz de Almeida. O nome é uma referência direta ao elemento fundamental da Casa dos Cacos.

A elefanta Fifi, personagem que também foi criada pelo geólogo, assim como o Caquito, representa a simbologia da casa de cacos e fica localizada logo na entrada.

O nome do personagem foi escolhido no ano passado, em votação popular que elegeu o nome com 46% dos votos.

Os novos personagens, que receberam traços profissionais de Joaquim Montiel e Hyval Leite, em 2000, foram apresentados no ano passado, redesenhados por Gabriel Oliveira, na reinauguração da Casa de Cacos, durante a celebração dos 111 anos de Contagem.

Eles representam aspectos importantes da história e da memória da nossa cidade, ao mesmo tempo, o grupo é uma forma lúdica e criativa de trabalhar esses aspectos com as crianças. A turma agora está de volta e vai atuar diretamente nas escolas com o objetivo de potencializar os trabalhos pedagógicos, que envolvem a história da cidade; a educação patrimonial; e o patrimônio cultural do município.

Crédito das fotos dos personagens: Beatriz Torres